Você tem interesse em investir em ações? Se a resposta for sim, esse guia vai te ajudar a entender como ingressar nessa jornada e saber o melhor caminho para começar a investir em ações na bolsa.
Ingressar no mercado de renda variável é como nadar em um rio. Comprar ações corresponde a mergulhos mais profundos e braçadas mais firmes. O investidor precisa se munir de muito conhecimento e sangue frio antes de fazer seus primeiros aportes.
Preparamos um passo a passo para que sua jornada pela Bolsa seja a mais interessante e recompensadora possível. Vamos lá?
O que são ações na bolsa de valores?
Uma ação nada mais é que uma pequena parte do patrimônio de uma empresa.
Imagine que você é dono de uma padaria e queira expandir seu negócio. Você pode pedir um empréstimo, convidar sócios ou torná-la uma empresa de capital aberto na Bolsa de Valores!
Para isso, você reserva parte de seu patrimônio, o divide em um lote inicial de ações e as lança na Bolsa. Ao comprá-las, os interessados se tornam seus sócios. Você capta esse dinheiro e reinveste em sua padaria.
A tendência é a de que essas ações se valorizem caso o negócio gere lucros (ou que se desvalorizem, caso dê prejuízos). As cotações estão sujeitas a inúmeros fatores, sejam de ordem macroeconômica ou relativos ao setor específico em que a empresa atua.
Seguindo nosso exemplo, imagine que o preço do trigo subiu. A farinha ficou mais cara. Logo, sua produção irá encarecer, o que irá afetar seus lucros.
Esse é um exemplo de fator específico que pode impactar as ações de sua padaria.
O que é a Bolsa de Valores (B3)?
É como se fosse o Mercadão Municipal de sua cidade. A diferença é que, ao invés de frutas e legumes, você “vai” até lá para comprar ações de empresas. Há inúmeras instituições de capital aberto das quais você pode se tornar sócio em questão de segundos.
Você pode literalmente se tornar um dos donos da Vale e da Petrobrás, por exemplo. Basta criar uma conta em uma corretora e comprar papéis dessas empresas, seja em lotes fechados de 100 ações ou fracionados. Claro, sua participação no negócio será bem pequena percentualmente falando, mas ainda assim o raciocínio é válido.
Preciso de uma corretora?
Para ter tranquilidade e segurança. Você vai precisar de um “lugar” para estocar suas ações, assim como de “alguém” que “vá” até a Bolsa comprá-las e trazê-las de volta a esse “estoque”.
É exatamente essa a principal função de uma corretora. Ela irá te cobrar duas taxas: para estocar seus ativos e pelo serviço de intermediação entre você e a Bolsa. A primeira se chama “taxa de custódia”. A segunda, “taxa de corretagem”.
A taxa de custódia corresponde ao armazenamento de suas ações. A de corretagem é referente às transações que você realiza na Bolsa. Isso facilita muito na hora de declarar seu Imposto de Renda. Afinal, a corretora guarda todas as notas de corretagem, isto é, todos os registros de suas movimentações na B3.
Ela também oferece uma série de benefícios, como carteiras recomendadas de ações, vídeos didáticos, notícias do mercado financeiro, suporte para dúvidas, ajuda na declaração de imposto, etc. É para você ficar o mais amparado possível.
Abrir conta em uma corretora é super fácil e rápido. Todas têm aplicativos que te permitem comprar e vender ações a partir do seu celular, se quiser. É só vincular uma conta bancária, transferir seu dinheiro dela para a corretora e fazer seus aportes.
Ficar rico investindo na Bolsa - É possível?
A resposta é um sonoro “Calma!”. Ao contrário da crença popular e do que alguns filmes e influencers por aí nos contam, Bolsa de Valores está longe de ser um cassino. Não é um lugar para investir R$ 100 e sair com R$ 1 milhão em um dia. Nada disso.
A B3 serve para capitalizar seu dinheiro, isto é, para você investir em empresas que te trarão retornos no longo prazo através de boa gestão, governabilidade saudável e lucros consistentes. Você se tornou sócio de um empreendimento, lembra? As ações simbolizam esse vínculo entre você e a empresa em questão.
Muita gente tenta ganhar dinheiro com especulação pura e simples, comprando e revendendo papéis visando ao lucro. É o que chamamos de Day Trade ou Swing Trade.
É a estratégia mais arriscada de todas. Afinal, estamos falando de renda variável. É preciso ter muito sangue frio para lidar com as subidas e descidas das cotações.
Você não precisa se aventurar nesse nível. Basta fazer o básico, isto é, ir aos poucos definindo uma estratégia de investimentos mais de acordo com seu perfil.
Perfil de investidor - como saber o meu?
Bom, se você quer comprar ações, seu perfil é no mínimo moderado. Se você fosse conservador estaria somente na renda fixa, investindo em Tesouro Direto, CDB’s, LCI’s, LCA’s, etc.
Ainda assim, há diferentes tipos de investidores de renda variável. Há os que assumem riscos elevados, como os que fazem Day Trade e Swing Trade. Há, também, os mais precavidos.
São os que estudam bem uma empresa e seu setor antes de comprar as respectivas ações. São também os que querem ganhar no longo prazo com a valorização desses papéis. Nem precisamos dizer qual das duas estratégias é a melhor para iniciantes, né?
Tem riscos ao investir na Bolsa?
Tudo na vida tem seu risco. Com a B3 não é diferente. Agora, o investidor inteligente é aquele que sabe o risco que está correndo.
Você é responsável por suas escolhas. Isso é parte da vida adulta, correto? Pois é, é assim que funciona na Bolsa também.
Afinal, é você quem compra e vende suas ações. É possível seguir a carteira recomendada de sua corretora? Claro. Dá até mesmo para contratar uma assessoria de investimentos particular. Mas, no final das contas, o dinheiro é seu. É você quem precisa arcar com as consequências de suas escolhas.
Qual é a melhor maneira de começar a investir na bolsa?
É possível começar antes mesmo de criar sua conta em uma corretora. A internet oferece plataformas de simulação de investimentos. É quase como o Banco Imobiliário, aquele famoso jogo de tabuleiro: você usa dinheiro fictício, só que para investir em empresas reais.
Além de divertidas, essas plataformas são muito didáticas. Afinal, são uma espécie de antessala da Bolsa de Valores. A primeira que destacamos é o SimulAção, da própria B3.
Ao se cadastrar, você ganha uma quantia de dinheiro virtual e logo começa a fazer seus aportes, acompanhando as cotações em tempo real. Os investidores mais bem rankeados ganham R$ 5 mil e produtos Apple, como Iphone, Ipod e Ipad.
Há também a IQ Broker, a Guide e Vertex. O princípio é o mesmo. Tratam-se de plataformas de simulação de investimentos. O dinheiro é fictício, mas os ativos são reais, com cotações verdadeiras. Essa é uma excelente maneira de se acostumar aos poucos com a renda variável.
Quero começar com dinheiro real, como faço?
Logo após criar sua conta em uma corretora, você dá início à fase de estudo e pesquisas. Entre nos sites das empresas listadas na Bolsa e acesse a seção “Relacionamentos com investidores”. Ali você vai encontrar todas as informações relativas ao negócio, como setor, histórico de lucros, relatórios periódicos, etc.
Tenha sempre em mente que o passado é um bom conselheiro para o investidor iniciante. Afinal, as ações são reflexos diretos da gestão de uma empresa.
O Dólar Turismo recomenda começar por aquelas com mais tempo de mercado, líderes em seus setores e com bom histórico de governabilidade e lucros consistentes. Conheça a fundo o negócio, isto é, seus potenciais e principalmente seus riscos. Mande e-mail ao setor de relacionamento com os acionistas. Tire todas as suas dúvidas.
Você criou uma conta em uma corretora, lembra? Ela é sua aliada. Há seções de amparo ao investidor, assim como de assessoria de investimentos. Tire suas dúvidas por ali também.
Em seguida, monte sua carteira com ações com três a cinco empresas. Não precisa ter pressa. A Bolsa de Valores existe há décadas e muito provavelmente vai continuar lá por um bom tempo. Você pode até seguir a carteira recomendada pela corretora e ir fazendo suas próprias alterações, conforme for ganhando experiência.
Como ganhar dinheiro com a Bolsa de Valores?
Se você for um investidor prudente e sábio, irá ganhar com a valorização de suas ações no longo prazo. Seus ganhos serão reflexos diretos do crescimento das empresas em que investiu. É só fazer o simples, por mais que isso necessite muito estudo de sua parte.
Você não ganha através da compra e revenda de papéis. Quem opera Day Trade e Swing Trade acaba tendo boa parte de seus lucros destinados a taxas de corretagem. Isso se lucrar, né? Muita gente perde dinheiro assim, movida pela ganância de ganhos imediatos, como se a B3 fosse um caça-níquel ou algo do tipo.
Você deve assumir riscos calculados. Se um atleta profissional treina com dedicação, segue uma alimentação balanceada e aproveita bem seu período de descanso, as chances de vitória aumentam. Não há garantia, claro, mas aumentam. Se ele não treina, se alimenta mal e não descansa, as chances de vitória diminuem.
O raciocínio é o mesmo na Bolsa de Valores. Investir em renda variável é como nadar em um rio, como dito acima. Primeiro você coloca um pé para testar a temperatura da água e a profundidade. Aos poucos, vai entrando e dando as primeiras braçadas. Conforme ganha mais experiência, vai aumentando seus aportes e assumindo riscos maiores, se quiser, mas sempre de maneira consciente.
Lembre-se: renda variável é um jogo de longo prazo que requer muito conhecimento e paciência. Use o tempo a seu favor. Invista em empresas sólidas e consistentes, sempre entendendo bem o respectivo negócio e conhecendo a fundo os riscos envolvidos. O Dólar Turismo te deseja excelentes estudos e espera que esse guia te ajude em seu início na Bolsa.